Redução das mamas: uma questão estética ou de saúde?

shutterstock_235506838Atualmente, tem-se observado que a maioria das mulheres está buscando os consultórios de cirurgia plástica para diminuir as mamas, retirar as próteses ou, ainda, mudar para próteses menores. Não muito tempo atrás, a corrida aos consultórios era para pedir exatamente o contrário: quanto maiores as próteses, melhor.

Esse fenômeno tem a ver com diversos fatores como moda, mídia ou algumas personalidades-chaves que ditam o comportamento. Para orientar e esclarecer as principais dúvidas, Dr. Edson Prata, cirurgião plástico, explica as principais dúvidas que as pacientes têm sobre a cirurgia de redução de mamas, por motivos estéticos ou de saúde.
As mamas podem apresentar diversos tamanhos, e também muitos níveis de flacidez. Mamas grandes e pesadas podem causar desconforto na coluna, provocando dores no pescoço, nas costas e desvios na postura que, a longo prazo, podem causar problemas relacionados à coluna vertebral.

O peso da mama também pressiona a alça do sutiã, causando marcas, escoriações e dores nos ombros. Outro problema é o distúrbio psicossocial que pode ser gerado pelo tamanho e/ou flacidez, tanto nas mamas muito grandes como nas muito pequenas,restringindo o uso de vestimentas e ocasionando dificuldades nos convívios social e afetivo.

Além do caráter reparador, também existe o fator estético individual — o desejo de ter mamas diferentes, maiores ou menores, de acordo com a preferência de cada pessoa.
Não há uma idade exata para o procedimento de uma cirurgia, mas é interessante esperar o desenvolvimento completo da mama. Menores de 18 anos podem ter a cirurgia indicada em casos de gigantomastia (mamas muito grandes), nos quais as queixas funcionais e psicossociais podem causar prejuízos no desenvolvimento da paciente.

Já nas mamas pequenas, deve-se aguardar o desenvolvimento completo antes de realizar um implante. As mamas são compostas basicamente por pele, glândula e gordura. Geralmente, com a idade, elas sofrem influência dos hormônios e têm aumento de volume predominantemente glandular.

A carga genética pode determinar um crescimento acima do normal em pacientes oriundas de famílias com mamas grandes e vice-versa.

Também existem fatores como o aumento do volume mamário no sobrepeso ou obesidade, em razão do aumento do componente gorduroso da mama. Fatores comportamentais, como o não uso do sutiã e variações constantes de peso (engordar e emagrecer), podem causar flacidez precoce nas mulheres. Na maioria das vezes, por causa da ação hormonal observada nas gestantes, desencadeia-se um aumento da porção glandular para lactação. Se houver um ganho de peso acima do recomendado, também existe um aumento da porção gordurosa da mama (soma).
Estrias podem aparecer nesse período, e com mais frequência nas gestantes mais jovens. Porém, isso é variável. Uma gravidez bem conduzida, sem sobrepeso significativo, com o uso correto do sutiã (incluindo sutiãs específicos para amamentação) e coma utilização de cremes preventivos para flacidez e estrias, pode minimizar os danos causados por ela.

Quanto ao tamanho, pode ocorrer um aumento ou até mesmo uma redução do volume mamário após a gravidez, com ou sem flacidez.

shutterstock_112219871É importante lembrar que a cirurgia é contraindicada em períodos inferiores a 6 (seis) meses após a interrupção da amamentação, em razão dos resquícios da influência hormonal da gravidez, quando ainda existe a possibilidade de alteração do volume. O volume mamário aumentado acarreta problemas físicos ou psíquicos — geralmente, reduzindo-se(ou retirando) o tamanho da prótese, de acordo com o desejo da paciente. Na maioria das vezes ocorre flacidez, tornando-se essencial a retirada do excesso de pele.

Alguns exames são necessários para a cirurgia das mamas como: exames laboratoriais (sangue e urina), avaliação cardiológica (exames solicitados pelo cardiologista), exames de imagem das mamas, solicitados de acordo com a idade da paciente (ultrassom e/ou mamografia).

A avaliação de um mastologista pode ser solicitada em casos de alterações nos exames de imagem ou histórico significativo de câncer de mama familiar.
Quanto à anestesia, dependerá da análise da equipe médica, podendo ser local, peridural ou geral. A cirurgia dura em média 3 (três) horas, e a internação é de 24 horas.Essa cirurgia não é caracterizada por dor intensa, sendo o pós-operatório geralmente suave. Os cuidados incluem o uso do sutiã cirúrgico, evitar a movimentação excessiva dos braços, dormir em decúbito dorsal (barriga para cima), entre outros. Também é importante a manutenção do peso, a fim de evitar variações de volume no período de cicatrização.

No pós-cirúrgico, trabalhos não relacionados a esforços físicos podem ser realizados em um período variável de 2 (duas) a 3 (três) semanas. O uso do sutiã varia de 30 a 60 dias em média. As atividades físicas de esforço com os braços ou de impacto, assim como a exposição solar, devem ser evitadas por um período de 60 a 90 dias.
Quanto às cicatrizes, as quais geralmente deixam as pacientes muito preocupadas, há diversas técnicas de mamoplastia. Podem ser feitas cicatrizes ao redor da aréola, na vertical (entre a aréola e a base da mama) e na horizontal (dobra), ou algum tipo de combinação entre elas. Os itens que vão determinar qual será a cicatriz ideal são o volume e a flacidez da mama atual, o tamanho da mama desejada e a análise do cirurgião. Geralmente, mamas maiores necessitam de cicatrizes maiores (e vice-versa). É muito importante esclarecer todas as dúvidas durante a consulta.

 

Fonte: Dr. Edson Prata, membro titular da Sociedade brasileira de Cirurgia Plástica



WordPress Video Lightbox

    ENTRE EM CONTATO.
    FALE CONOSCO OU ENVIE SUA MENSAGEM AGORA MESMO.
    AQUI, NO SITE BELEZA TODAY, ESTAMOS SEMPRE PRONTOS A ATENDER A SUA SOLICITAÇÃO!

    comercial@belezatoday.com.br | tel.: (+55 21) 2284-4336