Exclusivo: Tudo sobre o uso de microcorrentes em cicatrizes cutâneas

Alvarez et al (1983) estudaram os efeitos da corrente contínua de baixa amperagem em feridas cirurgicamente induzidas na pele de porcos. Utilizaram uma freqüência de 200mA, duas vezes por semana, durante cinco semanas, e encontraram taxas aumentadas de colágeno, comprovando por meio de análise histológica qualitativa.

 

Carley, Wainapel (1985) escolheram 30 pacientes aleatoriamente, em pares, para grupos de tratamento de estimulação elétrica para reparo tecidual e tratamento medicamentoso. Após estudar os pacientes por etiologia, diagnóstico, tamanho da ferida e idade descobriram que a corrente contínua de 200mA produz taxas de cicatrização 1,5 a 2,5 vezes mais rápidas que nos pacientes dos grupos de controle. Todos os estudos acima usam durações de tratamento de duas horas, duas vezes por dia até o fechamento, com colocação anodal sobre as feridas.

 

Brown, Gogia (1987) pesquisaram o efeito da corrente de baixa amperagem na cicatrização de feridas induzidas cirurgicamente em coelhos. Os autores utilizaram corrente de baixa amperagem, em 80mA, durante duas horas, por dia em grupos diferentes. No grupo controle foi aplicado o protocolo acima com o cátodo sobre a ferida e os animais cicatrizaram após sete dias. Já no grupo experimental foi aplicado o mesmo protocolo, com o ânodo sobre a ferida. Como resultado ocorreu o fechamento da ferida mais acelerado: entre os quatro primeiros dias.

 

Dunn et al (1988) observaram, em estudo de um caso, o efeito da corrente elétrica na forma contínua na matriz de colágeno, com eletrodos implantados no centro das feridas dérmicas de espessura total em um porquinho-da-índia. Utilizaram 50mA, forma de onda contínua, sendo que o cátodo sobre a ferida mostrava o aumento da migração de fibroblastos e o alinhamento de colágeno, enquanto que o ânodo colocado sobre a ferida atraiu as células inflamatórias.

 

Kloth, Feedar (1988) demonstraram a eficácia de corrente de baixa amperagem na aceleração da cicatrização de ferida em humanos, usando uma freqüência de 105mA, com intensidade de estímulo abaixo do limiar motor e durações de tratamento de cinco minutos/dia, cinco dias/semana. Nove pacientes receberam corrente de baixa amperagem e sete receberam tratamento simulado. Durante um período de oito semanas, o grupo de tratamento teve 100% de cicatrização, enquanto as feridas do grupo simulado aumentaram, em tamanho, em média 28,9%.

 

Dayton (1989), através de sua pesquisa, comprovou que os gradientes de voltagem lateral, associados à lesão da pele, encontram-se dentro dos limites das potências de campo que, segundo verificado em vários experimentos in vitro, influenciam diversos tipos de células. Além das baterias cutâneas, os potenciais piezoelétricos (potenciais gerados pela pressão), potenciais piroelétricos (relacionados ao calor) e potenciais de corrente (entre fluídos carregados) também podem ser considerados capazes de exercer influência no tecido em processo de cicatrização.

 

Kjartansson, Lundeberg (1990) observaram um aumento significativo do fluxo sangüíneo local de retalhos cutâneos e fáscio-cutâneos após aplicação da microcorrente elétrica, feita duas vezes ao dia com 90 Hz de freqüência e com a intensidade quatro vezes o valor do limiar de percepção, produzindo uma forte sensação de formigamento na área estimulada

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Im et al (1990) investigaram os efeitos da eletroestimulação na isquemia que induzia à lesão tecidual em retalhos cutâneos em porcos. Para a estimulação foi utilizada uma corrente elétrica pulsada e monofásica (polarizada), com uma freqüência de 128 Hz e intensidade de 35 mA. O pólo negativo foi utilizado por 30 minutos após a cirurgia e nos dois dias consecutivos, sendo duas sessões diárias também com 30 minutos de duração. O pólo positivo foi utilizado nos dias quatro a seis, sendo o negativo utilizado novamente nos dias sete a nove. Os retalhos foram avaliados no 21º dia após a cirurgia, sendo observado um aumento da sobrevivência dos retalhos estimulados. Segundo os autores, o tratamento inicial com o eletrodo negativo pode prevenir a isquemia severa por meio do bloqueio da vasoconstricão simpática e, desta forma, minimizar o fenômeno isquemia-reperfusão. Já o tratamento com o eletrodo positivo, teoricamente, poderia produzir um efeito antioxidante pela neutralização dos radicais superóxidos (O2) devido ao fluxo de prótons.

 

 

Além do incremento na migração celular, outra evidência da ação da corrente elétrica sobre a cicatrização, é relativa à orientação ou arranjo dos fibroblastos sob a influência da mesma. Verificou-se in vivo, em embriões de codorna, que os fibroblastos sob um campo elétrico de corrente direta, sob determinada potência, realinham seu eixo longitudinal perpendicularmente à direção do campo (ERIKSON, NUCITELLI, 1984). Verificou-se fenômeno semelhante em fibroblastos de seres humanos (WATSON, 1996).

Segundo Okuno et al. (1986), o conhecimento dos fenômenos elétricos é importante para uma melhor compreensão dos comple­xos processos físicos e químicos que caracterizam a vida. Charman (1990), descreve em seu trabalho, que a hipótese relativa aos vá­rios aspectos da bioeletricidade é que células podem receber, decodificar e agir sobre sinais elétricos, magnéticos e acústicos. Esta bioeletricidade é a base em que se apoiam as várias teorias do sinal elétrico e/ou magnético interagindo entre as células.

 

Cheng et al (1982) verificaram também que correntes mais altas, acima de 1000mA, passam a inibir a síntese de proteínas. Os autores concluíram que correntes elétricas diretas, variando de 40mA a 1000mA, aumentam a concentração de ATP nos tecidos e estimulam a incorporação de aminoácidos para dentro das proteínas da pele, e a retenção do ácido aminoisobutírico é estimulada entre 100mA e 750mA. Os efeitos estimulantes sobre a produção do ATP e o transporte de aminoácido, aparentemente realizado por diferentes mecanismos, contribuem para o aumento da atividade de síntese de proteínas.

 

Dayton & Palladino (1989), relatam que os mecanismos de ação da microcorrente elétrica ainda não estão estabelecidos de forma completa. Os autores acreditam que há necessidade de se efetuar experi­mentos mais sérios e com certo controle, para quantificar os efeitos obtidos com esta forma de estimulação. Em contrapartida, vários artigos publicados em revistas indexadas e periódicos nos permitem total confiabilidade à respeito da técnica, atestando os efeitos biofísicos, fisiológicos e terapêuticos da microcorrente elétrica(Starkey, 2001).

Pode-se dizer que a MENS é uma tentativa de reproduzir o mecanismo de defesa eletrofisiológica do corpo e merece nossa atenção (Kahn, 2001), caracterizando os resultados na biomodulação elétrico celular

 

Vários autores descrevem os efeitos da Microcorrentes a regeneração do retalho cutâneo na fase de cicatrização, melhorando a isquemia do retalho e a normalização dos fibroblastos evitando a necrose e prevenindo as cicatrizes hipertróficas

 



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