Nova geração de filtros solares

pele caféA borra de café e os grãos de café verde defeituosos são sub-produtos industriais que possuem um enorme potencial para aplicação em cosmética, não só devido à sua segurança mas também ao seu elevado teor em lipídios, apresentando propriedades físico-químicas interessantes. Os óleos provenientes da borra de café e dos grãos de café verde defeituosos têm sido recentemente descritos como detentores de atividade antioxidante. Por outro lado, a importância da utilização diária de protetores solares é atualmente bem reconhecida. Desta forma, estes óleos, aliados a um protetor solar, poderão ser a estratégia para evitar danos na pele induzidos pela radiação UV. Por outro lado, os protetores solares sob a forma de emulsão água-em-óleo (A/O) podem ser uma aplicação interessante para estes sub-produtos, uma vez que proporcionam um maior fator de proteção solar (FPS) do que as emulsões óleo-em-água (O/A).

Assim, o objetivo do artigo ‘The green generation of sunscreens: Using coffee industrial sub-products’, publicado na Science Direct, que tem entre seus autores Vera Isaac, do Laboratório de Cosmetologia – LaCos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp, Câmpus de Araraquara, foi o de avaliar os efeitos biológicos da utilização do óleo proveniente da borra de café, extraído com CO2 supercriticos e óleo de café verde no desenvolvimento de uma nova geração de filtros solares, de modo a melhorar a eficácia da proteção solar.

Os óleos foram utilizados para preparar duas emulsões (A/O), envolvendo um processo de emulsificação a frio. Brevemente, a água purificada diz respeito a fase dispersa e as partículas de TiO2 e de ZnO foram utilizadas com filtros solares físicos, mas também como agentes estabilizadores da emulsão, e foram previamente dispersos no óleo. Os protetores solares foram caracterizados em termos de propriedades mecânicas, reológicas e de adesão à pele. Além disso, foram avaliadas in vitro e in vivo as suas propriedades biológicas, incluindo testes de resistência à água, de segurança e de proteção solar.

Quanto às partículas sólidas, a adição de 2 tipos de partículas distintas revelou-se benéfica, tendo sido desenvolvido um sistema que garantiu um FPS elevado, protecção UVA (conferida pelo ZnO) e UVB (conferida pelo TiO2). Além disso, a emulsão contendo 35% (m/m) do óleo proveniente da borra da café apresentou características promissoras no aumento da resistência à água, mantendo um elevado FPS, quando comparado a uma emulsão contendo 35% (m/m) de óleo de café verde. No entanto, esta última formulação apresenta um FPS mais elevado, levando-nos a acreditar que é uma excelente estratégia para diminuir a concentração de filtros solares.

As formulações desenvolvidas, devido ao simples processo de produção, são facilmente transponíveis para a escala industrial e provaram ser adequadas para aplicação tópica, de acordo com a avaliação reológica, mecânica e de segurança. A combinação das 2 partículas sólidas multifuncionais com os diferentes óleos contribuiu para a obtenção de um sistema inovador, estável e eficaz, numa gama alargada de radiação UV. A irritabilidade associada aos filtros físicos, está a levar a uma crescente valorização dos óleos vegetais enquanto promotores do fator de protecção dos filtros solares. A utilização de um óleo vegetal como o óleo de café verde e o óleo proveniente da borra de cafe, permite reaproveitar um dos recursos mais importantes na economia brasileira e portuguesa, respectivamente, e contribuir para a obtenção de uma formulação mais natural, aconselhada para pessoas com pele particularmente sensível.

Leia artigo completo em
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S092666901530532X



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