Dia Mundial do Câncer: acompanhamento frequente e mudanças de hábitos podem ajudar a prevenir

dia mundial do câncerMais de 12 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas todo ano com câncer. Cerca de oito milhões morrem. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou para o ano passado em 580 mil casos novos da doença. Se medidas efetivas não forem tomadas, haverá 26 milhões de casos novos e 17 milhões de mortes por ano no mundo em 2030, sendo que dois terços das vítimas vivem nos países em desenvolvimento.
Os mais incidentes na população brasileira são os de pele, do tipo não melanoma (cerca de 180 mil); próstata (69 mil diagnósticos previstos); e mama (57 mil). Os números são de levantamento feito pelo Inca calculados com base nas taxas de mortalidade dos estados e capitais em todo o país.
Apesar da alta incidência mundial, o assunto ainda é tabu para diversas pessoas que, por medo ou pouca instrução, acabam não se interessando muito pelo tema e por falta de atenção ou de alguns cuidados podem acabar entrando no grupo de risco da doença. Por isso, em 2005, a União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) instituiu a data de 04 de fevereiro, hoje, como o Dia Mundial do Câncer. O principal objetivo da data é fazer com que o maior número de pessoas ao redor do planeta fale sobre a doença. No Brasil, a iniciativa é protagonizada pelo Inca, instituição parceira da UICC. Vale ressaltar que os brasileiros têm também o Dia Nacional de Combate ao Câncer, em 27 de novembro.
Ainda segundo o Inca, de todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais como o cigarro, que pode causar câncer de pulmão; a exposição excessiva ao sol, que pode causar câncer de pele, e alguns vírus, que podem causar leucemia. Outros estão em estudo, tais como alguns componentes dos alimentos, e muitos são ainda completamente desconhecidos. Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células.
Um tipo de câncer que tem crescido a incidência na população é o de tireoide. “O aumento no número de diagnósticos de câncer de tireoide é devido ao aumento no número de exames de Ultrassonografia de pescoço que possibilitam um diagnóstico mais precoce de nódulos de tireoide. A população mais afetada é a feminina por elas terem mais risco de desenvolverem nódulos em relação aos homens”, explica Jorge Kim, especialista em cirurgia de cabeça e pescoço e em doenças da tireoide e paratireoide. Kim tem título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) e é membro da equipe da Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP HC-FMUSP).
O sintoma mais comum é não ter sintoma, já que grande parte é somente diagnosticado com o exame ultrassom. Mas, um indício para o paciente ficar atento é a presença de nódulo na parte anterior do pescoço. “A maioria dos nódulos da tireoide é benigna, mas é importante investigar para confirmar o diagnóstico. Outros sintomas do câncer de tireoide podem incluir dificuldade para respirar ou engolir e rouquidão”, esclarece. Há também boas notícias: “a chance de cura é boa quando bem diagnosticada e tratada de forma correta. O tipo mais comum de câncer de tireoide tem um comportamento menos agressivo do que qualquer outro tipo de câncer; por isso, que a chance de cura é grande”, diz Kim, que é da Alira Medicina Clínica e Cirúrgica
Sobre os demais cânceres de cabeça e pescoço, o especialista esclarece que eles podem afetar também a boca, língua, gengiva, garganta (faringe e laringe), glândulas salivares como a parótida (glândula da caxumba) e pele da face e pescoço. As formas de manifestações são por meio de nódulos ou tumores no pescoço e face e lesões na boca ou garganta.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), os diversos tipos de câncer de cabeça e pescoço são mais frequentes na população com os seguintes perfis: fumante (além do cigarro, o hábito de mascar tabaco é maléfico); pessoas que ingerem bebidas alcoólicas com muita frequência (mesmo as que não são consideradas dependentes), especialmente as destiladas de origem duvidosa; pessoas com predisposição genética (casos pregressos na família); homens com idade acima de 40 anos (pelo fato de se exporem com mais frequência ao fumo, às bebidas e serem menos cuidadosos com sua higiene bucal); pessoas em geral que não estão atentas à sua higiene bucal; aqueles que se expõem de forma indevida ao sol e às radiações. “Por isso, mesmo sabendo que há outros fatores que podem contribuir para que a pessoa desenvolva a doença, é possível minimizar as chances disso acontecer por meio da prevenção: como parar de fumar, ingerir bebidas alcoólicas de maneira moderada e de fonte confiável e não ficar exposto ao sol sem proteção”, recomenda Kim.
Além disto, o especialista indica que ter hábitos como escolher um estilo de vida saudável, manter o peso adequado, praticar atividade física e ter uma alimentação saudável são importantes. “Além de prevenir doenças, proporcionam uma vida mais benéfica em diversos aspectos”, conclui.



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