Como realizar o diagnóstico do câncer de mama

Sociedade Brasileira de Patologia explica quais são os exames utilizados para detectar a doença

Exames garantem diagnóstico correto do câncer de mamaSegundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o segundo tipo que mais acomete mulheres no país, atrás apenas do melanoma. O diagnóstico precoce geralmente realizado em exames de rotina aumentam as chances de cura da doença. A Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) explica quais são os exames utilizados para diagnosticar esse tipo de câncer e tira as principais dúvidas, a partir de esclarecimentos do médico patologista Leonard Medeiros.

Medeiros, que é membro da SBP, avalia que para um diagnóstico preciso tudo depende do contexto clínico no qual a paciente está inserida. “Aspectos como a idade, densidade das mamas e histórico familiar deste tipo de câncer são relevantes, mas a consulta com o mastologista define qual será a melhor abordagem em cada caso”, considera o médico.

1 – Qual o melhor método para detecção do câncer de mama?
Não existe um único método. O diagnóstico é multidisciplinar por envolver diversos profissionais da área da saúde com papéis diferentes como o mastologista que faz o exame clínico, o radiologista responsável pelos exames de imagem e o patologista que analisará, se necessário, uma eventual biópsia ou punção aspirativa da lesão.

2 – Quando a biópsia está indicada?
Os exames clínicos e de imagem determinam a necessidade ou não de uma biópsia (procedimento invasivo no qual pequeno fragmento da lesão é amostrado). O exame anatomopatológico realizado pelo patologista determina se a lesão a ser estudada é de caráter maligno ou benigno. De posse de todos estes resultados a equipe multidisciplinar define o melhor tratamento para a paciente.

3 – Qual o tipo de exame mais frequente para o diagnóstico?
A modalidade mais utilizada é a mamografia. Este exame é capaz de detectar lesões precoces do tipo carcinoma “in situ”, que corresponde ao grau grave da doença. A mamografia tem resolução e capacidade de identificar lesões em mamas menos densas. A mama de pacientes acima de 35/40 anos começa a ter menos densidade e assim permitem melhor resolução da mamografia. Outra modalidade é a ressonância nuclear magnética, que tem indicações mais precisas, em especial no contexto de câncer de mama familiar e neoplasia lobular.

4 – Quando a ultrassonografia é prescrita?
A ultrassonografia é capaz de identificar lesões em tecidos mais densos. Vale uma ressalva, câncer de mama em paciente com menos de 30 anos é um evento raro e, quando ocorre, apresenta-se com características passíveis de serem detectadas pela mamografia.

5 – Quais as limitações de cada exame?
A maioria das limitações se enquadra da impossibilidade de definir com 100% de certeza se a imagem detectada representa um câncer ou tecido normal da mama. Quando um tecido no estudo de imagem é tido como suspeito, entra em cena o patologista que determina se a lesão estudada é de caráter maligno ou benigno a partir de uma pequena amostra da mesma. Às vezes, esta definição também é difícil para o patologista, que ainda tem a alternativa de utilizar exames do tipo imunohistoquímico e moleculares para auxiliá-lo.

Os patologistas são determinantes no diagnóstico definitivo dos cânceres. Participam desde a determinação exata do seu diagnóstico (existem dezenas de diagnósticos diferenciais com sintomas semelhantes), estabelecem subtipos prognósticos (muito comum em tumores pediátricos a divisão em diversos subgrupos de diagnóstico e tratamento) e pesquisando na amostra tecidual retirada marcadores (muitas vezes moleculares) relacionados a tratamento e prognóstico.



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